terça-feira, 1 de março de 2011

Eu amo cães.


Se há coisa com que me preocupo são os cães. Não consigo ficar indiferente ao olhar triste ou alegre, á vivacidade ou á preguiça, aos fofos e aos mauzões, não consigo. É escusado. Não consigo. Tento fazer o melhor que posso para alertar as pessoas sobre o abandono, sobre os atropelamentos, sobre tudo o que vou sabendo. Mas sinto que não chega. Não consigo sentir-me satisfeito ou sentir que a missão está cumprida, porque não está. Trago cães para casa, tento trata-los, arranjar-lhes donos, ficar com eles, dar-lhes comida, ... fazer deles cães felizes. Mas não me chega ter oito cães felizes, se no dia seguinte encontro um na rua e sinto-o perdido, abandonado, esfomeado, triste, só. Não sei bem qual o sentido deste texto, talvez um mero desabafo. Porque não consigo. Não consigo ser totalmente feliz, sabendo que um ser vivo passa fome, que é maltratado, que não é amado. Por mim tinha-os todos cá em casa e tratava de todos, dava comida, dava banho, dava-lhes amor. Mas não posso. É impossível. Por isso vou tentando fazer o melhor que posso. Acreditem que me esforço, mas sei que não basta. Tentem fazer o mesmo por amor de deus. Ás vezes uma simples festinha na cabeça de um cão pode tornar tudo mais bonito, fazer com que se sinta amado e por consequência sentimo-nos úteis.

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